Tem tanta coisa que eu queria falar. Mas acho que devia começar do começo. Como e quando virei mãe.
Se não me engano o teste de gravidez foi em fevereiro de 2007, mas não tenho um registro certo disso. Só lembro que fiquei eufórica com o teste positivo, sem acreditar e muito feliz. Meu marido também adorou. Ambos éramos estudantes na época e eu estava mais perdida que barata tonta sobre qual curso deveria seguir. Mas...meu sonho de ser mãe estava ali. Liguei para família inteira, me chamaram de louca e inconsequente,mas eu tava era FELIZ com aquele zigotinho dentro de mim. Apelidei o neném "zizi"a maneira carinhosa de reconhecê-lo como zigoto (apesar de já ter passado dessa fase quando eu descobri a gravidez). Descobrimos que estavamos esperando uma menina em Maio de 2007, uma gravidez sem intercorrências e muito mimo. Logo no ultrasom que descobrimos o sexo, já concordamos com o nome Isabelle....e agora vamos pro parto:
Minha DPP (data prevista do parto) era 31 de outubro de 2007. A partir de 38 semanas já estava eu agoniada e pulando de um lado pro outro querendo que a criança nascesse. Durante o pré-natal eu fui para uma clínica de parteiras que tinha um médico que dirigia 3 parteiras. Uma estava para se aposentar e outras duas mais novas, uma beeem baixinha e outra beeeem alta. Eu achava o médico um peixe morto. Parecia que não tinha emoção quando falava, o próprio robô, não explicava nada da gravidez nem do parto. Se eu ia com uma lista de perguntas, ele respondia,mas se não tinha perguntas, a consulta não durava nem 10 minutos.
Eu fiquei muito frustrada e fui me consultar um dia com as parteiras e A-D-O-R-E-I. Na primeira consulta foram duas horas. Só conversando sobre o parto e minhas dúvidas, eu me sentia ouvida, amparada e amada. Era aquilo mesmo que eu precisava. Não tinha nenhum preconceito com o fato dela não ser médica, aliás, a partir dali comecei a confiar mais nela do que no médico.
Esqueci de contar que eu tinha horror a cesária. Minha mãe teve 4, e a última eu acompanhei de perto a sua recuperação, pois já tinha quase 15 anos. E foi horrível, ela não podia rir direito porque doía, ela andou curvada uns dois dias, não podia subir escada ou fazer esforço por um bom tempo. Enfim....normal para uma recuperação de cirurgia né? Não tinha por que esperar que não fosse assim. Afinal de contas, acabaram de te cortar no meio e abrir a sua barriga, não dá para sair pulando.
Mas dentro de mim eu sempre tive uma vontade louca de parto normal, e quando chegou minha vez eu fui atrás de LER LER LER E LER para saber o que eu podia fazer para viabilizar essa vontade. Hoje em dia vejo que podia ter lido mais e podia ter descoberto o mundo humanizado antes,mas na época eu lia alguma coisa todo santo dia e achava que era suficiente. Fora que das minhas amigas eu era praticamente a primeira a engravidar, então não tive uma super referência. Não tinha nenhuma informação sobre pessoas que pariram naturalmente, e ainda por cima assistia aqueles malditos programas que passam aqui na Discovery Home and Health que só mostram o horror do parto, então eu tinha medo do que seria a tal dor do parto.
Mas não queria deixar de ter parto normal, sabia da minha opção de analgesia e escolhi por ter uma. Hoje eu vejo que as primeiras informações que dão para a mãe nunca são de empoderamento e sim de analgesia (nos EUA) e isso faz com que você nem saiba que tem o outro lado da história. A analgesia está lá para "salvar"a mulher do parto. Ninguém vira para você fala "você consegue, milhões de mulheres passaram e passam por isso, você é forte e capaz, foi feita para isso" a propaganda sempre é para a analgesia que tira o sofrimento da mulher num momento tão doloroso!!! Era essa a impressão que eu tinha...e foi com essa impressão que eu fui pro parto...de sofrimento. Mas eu fui....
Pulei, pulei, andei, fiz de tudo que falavam para entrar em trabalho de parto. Na minha última consulta estava com 39 semanas e ia completar 40 semanas na quarta seguinte, a parteira virou para mim e disse que se eu chegasse a 41 semanas e 1 eu poderia escolher ser induzida naquela semana e partir de 41 semanas e 6 dias eu tinha que ser induzida. Eu não estava preparada para aquilo. Por algum motivo eu morria de medo, queria entrar em TP (trabalho de parto) naturalmente. NOSSA, eu fazia oração para entrar em trabalho de parto...tomava pílulas de ervas naturais que a parteira recomendou, usava óleo, descolei as membranas por 2 ou 3 semanas seguidas e nada....todo mundo parecia que entrava em TP antes de mim. Aí no dia anterior ao meu DPP eu desisti, e resolvi que essa criança viria quando ela quisesse e não adiantaria nada que eu fizesse.
Eu estava costurando uma camisa para uma aula de costura que eu estava fazendo na época, quando o Mathew falou alguma coisa e eu ri....e ao meu ver, fiz xixi na calça...achei estranho, por que minha bexiga não estava cheio,mas toda grávida sabe que no final da gravidez espirro com bexiga cheia é problema. Aí dps voltei a costurar e saiu mais umas duas vezes liquido,mas eu pensei "impossível estar frouxa desse jeito".....depois de um tempo pensei: "MINHA BOLSA ESTOROU!!!" Como eu não tinha pensado nisso antes?? Não tinha cheiro de xixi...só estava eu e Mathew acordados, e eu não sentia nada de xixi na barriga. Minha mãe e meu irmão que tinham vindo para o parto estavam dormindo. Meu irmão veio por que tinha 7 anos e não tinha como ele ficar no Brasil, enquanto minha mãe ficava lá comigo...veio de gaiato :)
Liguei para a minha parteira Helene era um pouco depois da meia noite, tínhamos acabado de entrar no dia 31 de outubro, que alegria!!!!!!!!!!o dia da minha DPP!!!!!! Ela perguntou se tinha cheiro e cor o tal do líquido, e eu disse que não...ela falou para eu ficar calma e permanecer em casa até que as contrações começassem a vir...eu fiquei tranquila e achei que teríamos uma boa noite de sono. O dia seguinte era quarta e eu tinha uma consulta as 10 da manhã....00:30 as contrações começaram a vir....como cólicas....iam e vinham...eu estava eufórica,mas tentando dormir....e quem disse que tinha sono?
Lá pelas duas da manhã com as contrações ainda vindo, eu levantei, fui tomar banho, fiz escova no meu cabelo....passei maquiagem....e fiquei arrumadinha em casa, afinal não queria ser aquelas descabeladas parindo os filhos....até que lá pelas 4 eu não aguentava mais...acordei o marido que tinha tomado dois remédios para gripe a noite pois estava se sentindo mal...e falei que queria ir pro hospital....fui para lá e hoje em dia, penso que tudo poderia ter dado imensamente errado a partir dali, como eu sou grata que isso não aconteceu!! Eu estava num lugar onde o parto normal era a norma, apesar das intervenções aplicadas, eles faziam de tudo para um parto normal...e eu tinha conversado extensivamente com as minhas parteiras que NÃO QUERIA CESÁRIA..elas tentaram me explicar várias vezes que a cesária, não é um evento que deu errado no parto, é um conjunto de fatores que te levam para essa cirurgia, não era uma decisão tomada de maneira casual. Eu acreditei nelas, como acredito que qualquer um faria. E sei que elas eram competentes. Eu confiava nelas (ainda confio) Hoje em dia, depois de virar ativista, eu acredito que elas poderiam ter liderado a situação de maneira mais "natureba"mas tem um parênteses que eu quero abrir aqui para que vocês entendam uma diferença:
Nos EUA existem dois tipos de parteiras: as CNM- Certified Nurse Midwife e as Direct entry Midwives. Elas fazem a mesma coisa,mas o treinamento delas é completamente diferente. As CNM's são pessoas que entraram na faculdade de enfermagem, concluíram e provavelmente trabalharam como enfermeiras por anos, e depois se especializaram em obstetrícia. As outras midwives, são pessoas como você e eu, que entram no curso de obstetrícia sem ter um curso de enfermagem antes. As minhas 3 parteiras eram CNM's
Se você me perguntar quem eu prefiro hoje eu dia, eu sem titubear te digo as "direct entry midwives" parteiras normais. Para mim pessoas sem cacuetes médicos e muito mais "naturebas"do jeito que eu gosto! Elas acreditam na capacidade de parir de cada uma de nós. Elas também não estão treinadas como enfermeiras, que são normalmente BEM intervencionistas. O parto é da mulher, a protagonista é a mulher, as decisões quem toma é a mulher, e elas estão ali para de guiar e orientar quando preciso. Por isso a importância de se educar antes de parir. Muitas pessoas pesquisam mais sobre um celular, um aluguel ou sobre um carro antes de compra-lo do que para o próprio parto. A não ser que a enfermeira (CNM) sempre tenha tido essa visão mais natural das coisas por ela mesmo, ela vai ser a favor de intervenções sem encará-las como uma obstetriz que não foi enfermeira antes, encararia.
Então eu cheguei no hospital as quase 5 da manhã e quando me checaram eu estava com 3-4 cm de dilatação. Ahhh, pausa:
Lembro que chegou uma outra menina magrinha e loirinha que parecia que tinha vindo da guerra. Com a calça toda molhada e uma roupa toda velha e rasgada, devia ser a roupa que ela dormia, um moleton e uma blusa cinzas. Ela estava com um coque enrolado e descabelado na ponta da cabeça e de dava para ver o desespero dela. Eu olhei para bichinha e pensei "ainda bem que não sou eu nesse estado" Eu falei pro cara da emergência que podia atendê-la primeiro, pois o desespero dela era maior que o meu. Chegamos para sermos checadas juntas, e eu lembro que dps que colocaram ela na sala de triagem, foi uma loucura, uma comoção total, gente correndo para todo lado, ela estava totalmente dilatada, e eu ouvi 20 minutos dps um grito dela e logo em seguida o choro do neném dela. A bichinha chegou no hospital com dilatação total no primeiro parto. Que fofa e que guerreira!!! Pensando bem, não me importaria nada de ter sido ela, agora olhando para trás, fui muito petulante em achar que por que estava arrumadinha, estava no comando da minha situação...enfim...vivendo e aprendendo :) Só para que conste todos os meus outros partos eu estava descabelada e com muito orgulho :) Parto não é desfile de moda.
Fiquei super feliz com a constatação da enfermeira que também viu que eu estava vazando liquido aminiótico! eu estava dilatando!! Minha parteira que por sorte era mais natureba e acredito que na época escolheu não me falar da minha capacidade de parir naturalmente pelo vibe que eu passava para ela de nem pensar em ter dor....disse que só deixaria me darem a peridural com 5 cm de dilatação pois isso indicaria o trabalho de parto ativo. Tudo que eu tenho a dizer sobre isso é: HELENE EU TE AMO!!! Gostei dela...naquele momento não achei muita graça,mas eu queria esse parto normal...então bora lá!
Dei umas voltinhas pelas hospital com aquela roupinha super chique de doente e meia no pé...com um soro no braço. Minha mãe segurando a parte de trás para eu não pagar bundinha pro pessoal que circulava nos corredores...cada contração eu parava de andar e só esperava ela ir embora...não tinha o menor treinamento de como encarar essas tais contrações.
AHHH!!! Esqueci de contar a parte mais trágica. Meu marido que me perdoe. Mas ele estava doente, dopado de remédio e sem comer desde o dia anterior pois ficou estudando e fazendo dever até tarde e aí quando não aguentou mais caiu na cama...quando a enfermeira foi colocar o IV em mim, ela era novinha, estudante, e tinha feito uma aula de patofisiologia comigo. Enfim, ela era totalmente inexperiente, e jorrou sangue da minha mão enquanto ela tentava achar a veia. Meu pobre marido que estava mal das pernas, quando viu aquele sangue, caiu para trás desmaiado. Logo acordou,mas eu lembro que eu tava no MEIO de um contração quando isso aconteceu, sangue caindo da minha mãe e a contração PAROU!!! eu morri de medo, meu coração disparou!! Eu pensei "MORRREU!!!" putzzzzzz, que susto!! Ele mais branco que a parede do hospital, levantou. Estava verde naquela hora...precisava comer e descansar. Coitado. A gente jurava que ia ter uma noite completa de sono, depois disso ele jogou fora o remédio de gripe e disse que nunca mais ia tomar aquela porcaria. E ficou meio inválido dali em diante até a hora que eu fui empurrar a Isabelle para fora :)
Então o fato de que a adrenalina para o trabalho de parto ser verdadeiro, ahhh isso é....eu testifico. O meu medo de ter acontecido alguma coisa com o Mathew era tão grande, que a contração parou no meio do caminho, foi só quando eu fiquei mais calma que as contrações voltaram a ficar ritmadas. Nosso corpo é realmente perfeito!!!
Dali para frente a anestesia chegou, eram quase 8 da manha...eu fui no banheiro antes de tomar a anestesia, e nunca vou me esquecer de estar sentada no vaso e literalmente sentir a cabeça da minha filha descendo...ela não estava nascendo, ela só estava encaixando no pélvis e eu sentia exatamente onde ela estava, eu senti ela entrar no meu pélvis. Foi incrivel, estranho e dolorido....Dali eu saí e o anestesista me fez assinar um papel que basicamente dizia que se eu morresse ou ficasse aleijada o hospital ou ele não poderiam ser responsabilizados. Eu ODIEI ISSO!! Você você querendo parir, e os caras enfiando dúvidas na sua cabeça se você vai sobreviver a anestesia. Se fosse hoje eu rasgava o papel na frente dele e mandava ele pastar....
Ele foi meio rude também, por que eu estava com contrações fortes já, e não conseguia ficar parada. Precisava ficar IMÓVEL para porcaria das anestesia. Eu perguntei: 'e se eu tiver uma contração no meio da agulhada que você vai dar nas minhas costas??' e o pateta disse 'ué, passe pela sua contração'...óbvio que ele não fazia a menor idéia do que eu estava passando....maldito! Mas enfim, depois ele foi tentar ser divertido e a gente acabou se distraindo, eu agarrei o Mathew com força, ele me segurou e a anestesia foi aplicada, com a minha mãe filmando tudo caso ele errasse, ela processava ele, HAHAHAHAHA.
Estávamos vivos, e eu estava sem dor....nossa, eu lembro de ficar aliviada! Dormi dali para frente, pois tinha passado a noite em claro e já estava cansada....e hoje penso nos sentimentos e no aprendizado que poderia ter tido,mas naquele momento estava contente. Dormi, dormi e dormi e toda hora vinha gente chegar minha dilatação e minhas contrações naqueles monitores. Eu dormia ouvindo o coração da Isabelle, adorava o som. Em algum momento eu tenho certeza que eles me deram ocitocina, eu me lembro deles falando algo assim, e afinal de contas a peridural faz com que o parto diminua o ritmo, então para não demorar demais, eles colocam a ocitocina para acelerar....o leito não pode ficar muito tempo ocupado né? afinal de contas, o mês de outubro é o mês de mais nascimentos na cidade onde estávamos, 9 meses depois de inverno rigoroso, e do final do ano. Aquele dia era dia das bruxas também, e como toda tradição americana que faz sucesso, as enfermeiras estavam todas vestidas a caráter. Todos estavam fantasiados no hospital. Uma diversão :)
A Helene tinha filhas pequenas na época e precisava ir para o desfile de dia das bruxas delas, então a parteira que estava para se aposentar veio fazer meu parto. Ao meio dia era a previsão de eu sentir pressão e querer empurrar. Eu já estava dilatada...então esperamos a tal da pressão e nada dela vir...depois das 14 horas ela veio e pediu para eu começar a praticar fazer força. Com dilatação total, iria ajudar a neném a sair do lugar. Eu não lembro exatamente a hora que comecei a fazer força. Mas lembro que começaram a arrumar um monte de coisa no quarto, o berço aquecido, as luvas, tudo a postos...depois de tudo organizado, e só a parteira ali comigo sentada na minha frente na cama, ela me falava o que fazer....o Mathew segurava um lado da minha perna e ela o outro de frente para mim, sentada. Minha mãe filmava e tirava foto. E eu ficava roxa enquanto ouvindo a minha audiência contar até 10. O que foi muito legal da Kathryn (nome da parteira) foi que ela pediu pro Mathew ensiná-la a contar em português. Então de 1 a 10, ela e Mathew contavam enquanto eu fazia força....parecia que não estávamos fazendo nenhum progresso,mas ela sempre elogiava.
A certo ponto ela perguntou se eu queria ver, e eu aceitei na hora, ela trouxe um espelho e colocou ali na minha frente, eu via tudo, fazia força, enquanto ela colocava compressa de água quentinha para ajudar a amolecer o tecido dali da vagina. Ela passou também aquele shampoozinho amarelo neutro da Johnson para lubrificar....e fazendo compressa e massagem para eu não rasgar....a certo ponto eu comecei a ver o topo da cabeça da Isabelle....ele ia e voltava...eu fazia força e ela vinha para frente, parava força ela voltava um pouco. A Kathryn explicou que nessas horas é dois passos para frente e um para trás, que era demorado mesmo. Só sei que chegou uma hora que a menina quase que começa a nascer por ela mesma...a cabeça continuou saindo e saindo e a parteira falou "para de empurrar"...pra eu ir mais devagar, mas aí ela já estava deslizando para fora....a cabecinha saiu, ela tirou o cordão de volta do pescoço dela, e o resto deslizou para fora....ela veio direto pro meu colo e eu não acreditava que LINDA que ela era, carequinha e beiçudinha....até então eu acreditava que ela teria o beiço da mãe...aliás achava que todos os meus filhos viriam com esse meu marco...e até agora nenhuma :)
Ela ainda estava cheia de vernix e um pouquinho de sangue e eu não tive o menor nojo de beija'la e cheira-la....eu lembro que enquanto ela saía, parecia que tava rasgando a pele que ela passava, deu para ver um sanguinho, e depois eu descobri que dei uma rasgadinha mesmo, mas foi pouco, 2 pontos por dentro e dois pontos por fora. Coisa boba. Eu beijava a neném e o Mathew chorava, minha mãe também...menos eu , não conseguia chorar de tanta alegria e admiração por aquela coisinha pequena que tinha acabado de sair de mim! Depois de um tempinho do meu colo embrulhadinha, eles levaram ela pro bercinho aquecido ali mesmo dentro do quarto, enquanto pesavam, mediam e enfiavam os caninhos guela abaixo da minha pobrezinha. Na hora eu achava que isso era necessário nem contestei. Hoje em dia quando eu vejo o filme dá vontade de chorar....pois eu sei que não existe a menor necessidade de aspirar a criança. A organização mundial da saúde já constatou, e vários países no mundo inteiro já não fazem mais isso.
Isabelle nasceu com 3,470 kg e 49 cm as 15:42 da tarde :) E eu era a pessoa mais feliz do mundo!! Imediantamente após o nascimento dela, minha inseparável amiga e escudeira Aline, que tinha me mandado uma mensagem no dia do DPP dela perguntando "e aí nasce ou não?" entrou na sala enquanto eles estavam limpando e embrulhando a Isabelle. Eu lembro que respondi a mensagem falando que estava no hospital e ela correu para lá. Disse que quando chegou ela ouviu imediatamente uma musiquinha de neném, que tocava toda vez que alguém nascia, e que ela perguntou onde era meu quarto, e já estava ali na frente da minha porta e entrou....ela tinha acabado de ouvir a música da Isabelle :) Eu ainda tremia sem parar morrendo de frio, a gente conversou coisas que eu nunca vou lembrar!!! E ela ficou lá com a gente...foi uma delícia!!!!
Bebelle veio logo pro peito, minha mãe ligou pro Brasil, a família ficou sabendo, ligaram o computador, ouviram o choro dela por telefone, meu pai quis falar comigo, fotos e mais fotos, filmagens...enfim...uma bagunça geral!!!
Em outro post, eu coloco minhas impressões sobre a minha recuperação, e como eu mudei de idéia em relação ao fato de não querer ter mais anestesia dali para frente. Pois esse já está longo demais.
Eu finalmente virei mãe, masssss....ainda tem depressão pós parto e muita dúvida e incerteza depois do nascimento da minha pequena loirinha.
Parabéns se você conseguiu ler até aqui :)
Amo ler relatos de parto! Me acrescenta, me enriquece! Simmmmm li até o final rs! Parabéns pela experiência, no aguardo dos outros relatos dos seus partos!!!! <3
ResponderExcluirÉ muito parto pra relatar neh??e ainda vai ter mais...AMO! Obrigada pela participação no blog Nadia!
ResponderExcluir<3
ExcluirEu tbem li tudinho...mas eu fiquei tão traumatizada do parto da Bianca que eu fiquei na cabeça que agora só parto normal com anestesia. Mas depois que eu me toquei que perdemos o movimento das pernas mudei de ideia. E lendo o que vcs estao falando eu to achando que foi a tal ocitocina que me fez tao mal. No parto no Eric nao me deram e eu levei as contrações dele até o final numa boa, mas da Bibi eu não conseguia me mexer...foi estranho
ResponderExcluirPois é Priscila, qualquer internveção pode sim trazer essas consequencias chatas. A gente nunca sabe como cada mulher vai reagir as intervenções tecnologicas. Que são ótimas quando há um motivo válido pra elas serem usadas. Apressar o parto não é um deles.
ExcluirNo próximo filho vc pode já estar mais por dentro de posições para alívio de dor, métodos que ajudariam muito, ainda mais se vc levou as contrações do seu primeiro numa boa :) Que bom que vc está aqui! Bem vinda!! e se quiser ouvir sobre algum t
opico específico, e eu puder ajudar, estou a disposição :)
Babi, adoro seu ponto de vista e vc sabe q concordo contigo e sou a favor do parto normal, nao somente pela brutalidade com q geralmente a cesaria eh feita (mais no Brasil), mas mais pelo fato de que eu acredito q nosso corpo tem a capacidade de dar a luz uma crianca sem precisar de uma cirurgia, salvo as excessoes.
ResponderExcluirGostaria de dar minha opiniao. :)
Um dos beneficios (porque sao muitos) de ter muitos filhos eh q vc pode passar por varias experiencias, sejam elas boas, muito boas, ou nao tao boas assim. Felizmente, embora tendo ja tido uma cesaria, todas as minhas experiencias, foram maravilhosas...tanto o parto/trabalho de parto em si quanto a recuperacao em todos eles.
Nao ha duvidas de q quando eh a primeira vez, por mais q a gente se informe, ainda sim vao ter coisas q vc "gostaria de ter sabido antes". Sem contar a maturidade que a gente tem no momento, e o q a gente vai aprendendo e amadurecendo com o passar dos anos.
Ja tentei parto natural q terminou sendo cesaria. Ja tentei parto natural q no meio optei pela anestesia embora nao era meu plano A, mas acabou sendo meu VBAC com muito sucesso e acredito q a anestesia ajudou. E ja fui pra outro parto com total certeza q na hora q eu precisava, iria pedir a anestesia e por causa dela tambem pude ter um parto muito feliz e continuei sentindo minhas pernas durante todo o momento q pari minhas gemeas. Inclusive, o ultimo parto, das gemeas, foi o melhor e mais rapido q ja tive EVER!!!
Como ja disse antes, voce foi uma das minahs primeiras amigas q tiveram bebe antes de mim e eu looked up to you a lot, entao eu me lembrei de muitas coisas q vc relatou na epoca e isso me deu muita coragem tambem quando fui ter a minha primeira.
E interessante como todos nos mudamos, e ate como vc falou, voce gostaria de ter sido mais empurrada para a parte de empoderamento e nao ser empurrada para a analgesia q te "salva" do parto. E hoje eu sou assim tambem, mas vejo claramente os beneficios da analgesia, assim como o lado negativo, e acho q com a informacao apropriada e muitas vezes experiencia, a escolha correta sera feita.
Quando eu olho pras tras, eu gostaria de ter ficado mais tempo em casa quando estava em TP da minha primeira. Entao na segunda, eu tentei mudar isso, pois minha educacao na epoca foi melhor, e provavel q isso entao me levou a ter uma VBAC bem sucedida.
Nao ha arrependimentos quanto a minha cesaria na primeira gravidez, porque era aquilo q eu sabia no momentos er o mais sabio, e afinal de contas, maturidade e sabedoria a gente adquire com os anos q passam, e isso a gente vai "vivendo e aprendendo" neh?!
E pra fechar com chave-de-ouro, o parto normal das gemeas sendo maravilhoso e surreal!!!!
beijo!